Tiago Botelho revela avanços da ULS Algarve no diagnóstico de doentes oncológicos

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve integra os cuidados de saúde primários e hospitalares da região algarvia. Em entrevista, Tiago Botelho, Presidente do Conselho de Administração, confirma que, até 2026, a instituição estará pronta para deixar de encaminhar doentes oncológicos para Sevilha, com a implementação do novo equipamento PET-TAC. Na área da saúde mental infantil, a ULS Algarve disponibiliza o GASMI, o programa que acompanha anualmente cerca de 1500 crianças da região. A instituição continua a desenvolver a cirurgia robótica e a atividade de investigação, em colaboração com a Universidade do Algarve e o Algarve Biomedical Center Research Institute (ABC-RI).

Perspetiva Atual: O setor da saúde, em Portugal, amanheceu no dia 1 de Janeiro do ano passado com uma nova organização, destinada a tentar facilitar o acesso e a circulação de utentes. Acredita que esta mudança pode impactar o atendimento dos utentes no Serviço Nacional de Saúde?

Tiago Botelho: O modelo de organização em Unidades Locais de Saúde tem a virtualidade de integrar numa só entidade os diferentes níveis de prestação de cuidados, criando proximidade entre profissionais da medicina familiar e dos cuidados especializados hospitalares. Na nossa visão, o essencial para este modelo funcionar passa por centrar a atuação no papel dos cuidados de saúde primários, seja na sua vertente de intervenção na comunidade, seja no acompanhamento que as equipas assistenciais fazem do cidadão ao longo do ciclo de vida. O médico de família deve poder ter uma visão global do percurso do cidadão no sistema e tomar as decisões que melhor se adaptam a cada um, articulando a assistência que cada um recebe em cada nível da prestação de cuidados. O papel do médico de família, do enfermeiro de família e dos profissionais dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) é central.

PA: A Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve já integra três hospitais públicos, Faro, Portimão e Lagos. Em termos de resposta assistencial, de que forma é assumida a prestação de cuidados de saúde diferenciados aos dezasseis concelhos do Algarve, garantindo a segurança de todos aqueles que habitam ou visitam a região?

TB: Já no nosso mandato, a ULS adotou finalmente o novo sistema de referenciação de utentes para os hospitais, o RSE-SIGA. Este sistema permite ao médico de família encaminhar os pedidos de primeira consulta para a rede hospitalar de forma otimizada, ou seja, compete aos médicos dos hospitais fazerem o agendamento das consultas no hospital onde a resposta ao pedido do seu colega seja mais adequada, mais célere e mais próxima, o que veio trazer maior eficiência na nossa organização.

O Algarve conta também com um hospital especializado, o Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, em S. Brás de Alportel e que, além de servir os 16 concelhos da região, também recebe utentes do Alentejo.

Nos municípios algarvios temos atendimento local com especialistas em medicina geral e familiar, mas também consultas hospitalares de proximidade, como sejam de psiquiatria, oncologia, medicina interna, cirurgia geral, neurocirurgia, pediatria. No mês de abril, iniciou-se a consulta descentralizada de cardiologia. Esta proximidade será aprofundada quando em 2026 estiverem concluídos dois edifícios de atividade ambulatória em Tavira e Lagos, da responsabilidade das autarquias locais, que permitirão levar mais consultas hospitalares à proximidade dos utentes, assim como meios complementares de diagnóstico de imagem e patologia clínica.

PA: O Algarve vai deixar de enviar doentes oncológicos para fora da região em 2026. A solução encontrada pela parceria entre a Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve, a Câmara Municipal de Loulé e o ABC – Algarve Biomedical Center vai proporcionar uma resposta completa na área oncológica mais célere e minimizar as deslocações de ambulância de doentes com algum grau de debilidade? Poderia explicar no que consiste a PET-TAC?

TB: A única resposta no ciclo de diagnóstico e tratamento do doente oncológico que não existe no Algarve é o chamado PET-TAC, ou seja, a tomografia por emissão de positrões. A ULS, em parceria com o Algarve Biomedical Center e a Câmara Municipal de Loulé, vão responder a esta necessidade de forma célere. Em 2026, deixaremos de ter doentes a deslocarem-se a Sevilha para obter este exame de diagnóstico.

PA: A concretização deste projeto é um incentivo para a construção do novo Hospital Central do Algarve, que contempla uma unidade oncológica e um segundo PET-TAC? De que modo a ULS do Algarve planeia integrar essas novas infraestruturas e tecnologias na redução das listas de espera para os doentes oncológicos?

TB: O futuro Hospital Central do Algarve (HCA) tem no seu plano funcional todos os equipamentos e valências que a região justifica na área oncológica, incluindo outros exames de medicina nuclear e também equipamentos de radioterapia e, sim, um segundo PET-TAC. O equipamento que teremos em 2026 vai ter um papel importante na investigação científica e na formação dos futuros médicos da Faculdade de Medicina do Algarve. Quando o HCA abrir portas, a existência de dois equipamentos será perfeitamente justificada no Algarve, face à previsão de crescimento da patologia oncológica e teremos o equipamento mais antigo disponível mais tempo para a componente de investigação. Estas respostas e um Hospital moderno, polivalente com uma forte resposta oncológica irão permitir trabalhar de forma mais eficiente na resposta célere à doença oncológica.

PA: Foi anunciada também a criação de um Centro de Procriação Medicamente Assistida no Algarve, com o objetivo de melhorar o acesso a estes tratamentos nesta região e na periferia. O Algarve deixa, assim, de estar dependente de outros Centros e pode passar a dar resposta efetiva para a população do Sul?

TB: Sim. Atualmente a resposta a quem procura técnicas avançadas de procriação medicamente assistida no Algarve apenas está disponível no setor privado. No SNS apenas em Lisboa. Decidimos investir na criação daquele que pensamos vir a ser o melhor centro de PMA no SNS em Portugal. Criado de raiz para o efeito e para servir todo o Sul de Portugal.

PA: Quais têm sido as maiores dificuldades, desde que assumiu a Presidência do Conselho de Administração, a falta de financiamento e de profissionais para assistência médica nas várias especialidades?

TB: A ULS do Algarve tem desafios muito próprios. É, provavelmente, a mais complexa do país porque está consistentemente nos primeiros lugares nos principais fatores de grandeza (área geográfica, número de instalações, número de profissionais, número de atos assistenciais, número de utentes servidos, camas hospitalares, etc.). Contudo, está claramente subfinanciada, quando comparamos com as demais. Ainda assim, as maiores dificuldades, para além da referida complexidade, passam pela ausência de ferramentas de gestão que permitam flexibilidade na contratação de profissionais de saúde. Em igualdade de circunstâncias, pelas mesmas remunerações os profissionais optam por outras regiões. Estamos a criar respostas, com o apoio de parceiros como as autarquias, para criar um pacote de incentivos extra-salário que permita atrair os profissionais para o Algarve!

PA: O que falta para estabilizar o setor de saúde? Que metas a ULS do Algarve quer atingir em 2025?

TB: O setor precisa de estabilidade na política de recursos humanos e sabemos que o governo em funções tomou decisões corajosas nesse sentido, nomeadamente pela normalização do relacionamento com as diversas carreiras, o que tem um custo orçamental elevado, mas era de todo justificado. A ULS Algarve pretende, em 2025, ter o Bloco Operatório Central do Hospital de Faro totalmente renovado, passando de quatro salas ativas para oito salas. Pretende abrir novas USF do modelo C, atribuindo médico de família a cerca de vinte e cinco mil cidadãos, pretende ter mais consultas hospitalares nos centros de saúde, crescer o número de camas de hospitalização domiciliária e ser uma região na linha da frente da atividade cirúrgica robótica, onde iremos estar a par do que melhor se faz no mundo.

Inovação Cirúrgica no Algarve
Cirurgia Robótica chega aos Hospitais de Faro e Portimão

Miguel Cabrita, Coordenador da Cirurgia Robótica da
ULS Algarve

A Unidade Local de Saúde do Algarve (ULS Algarve) deu um passo decisivo rumo à inovação nos cuidados prestados aos doentes através da implementação da Cirurgia Robótica nos Hospitais de Faro e de Portimão. Este avanço e investimento em tecnologia de ponta assinala um marco na modernização dos cuidados de saúde na região, colocando o Algarve na linha da frente da cirurgia minimamente invasiva em Portugal.

O Hospital de Faro recebeu recentemente o sistema robótico Da Vinci Xi, o mais avançado da plataforma Da Vinci, enquanto o Hospital do Barlavento Algarvio, em Portimão, passou a contar com o inovador Hugo™ RAS (Robotic-Assisted Surgery). Dois equipamentos com tecnologia de ponta que permitem aumentar de forma bastante significativa os padrões de qualidade dos procedimentos cirúrgicos realizados, promovendo maior precisão clínica nos procedimentos, maior segurança e uma recuperação mais rápida dos doentes intervencionados.

Para Miguel Cabrita, urologista e coordenador da Cirurgia Robótica na ULS Algarve, “o investimento nestes dois sistemas cirúrgicos robóticos permite à instituição integrar a vanguarda da cirurgia robótica em Portugal, reforçando a sua posição como centro de referência no sul do País”.

O processo de implementação da Cirurgia Robótica na ULS Algarve integrou-se no Programa de Modernização Tecnológica do SNS e representou um investimento de 4,2 milhões de euros, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Em termos práticos esta tecnologia oferece maior precisão, estabilidade e visão aumentada para o cirurgião, o que permite a realização de procedimentos tecnicamente exigentes com maior segurança. “Entre os exemplos mais relevantes está a dissecação de tumores localmente avançados e a dissecção de tumores localmente avançados do reto, em locais anatómicos de difícil acesso, reduzindo o risco de complicações. Assim, a cirurgia robótica não cria novos tipos de cirurgia, mas alarga de forma significativa o leque de intervenções passíveis de serem feitas por via minimamente invasiva”, explica Edgar Amorim, cirurgião geral no Hospital do Barlavento Algarvio.

Opinião corroborada por Miguel Cabrita que sublinha que a “implementação da cirurgia robótica nos dois hospitais algarvios amplia significativamente as capacidades cirúrgicas em várias especialidades, como por exemplo, a Urologia, Cirurgia Geral, Ginecologia, Cirurgia Pediátrica, entre outras especialidades”.

Este sistema de cirurgia minimamente invasiva foi desenvolvido com o objetivo de disponibilizar a tecnologia mais avançada aos cirurgiões, permitindo tratar patologias complexas com uma precisão incomparável, garantindo simultaneamente aos doentes procedimentos menos invasivos e tempos de recuperação mais rápidos. Para além disso, são destacadas como vantagens para doentes o facto de terem incisões mínimas, existir menor necessidade de transfusões, o que reduz os riscos associados, e menos dor pós-operatória, o que favorece uma recuperação mais cómoda e rápida, reduzindo assim o período de internamento hospitalar.

Edgar Amorim, Cirurgião Geral do Hospital de
Portimão

“Ao ser minimamente invasiva, resulta em menor trauma tecidular, o que leva a menos dor pós-operatória, redução do tempo de internamento e um retorno mais rápido à vida ativa. A menor agressão aos tecidos e a precisão cirúrgica reduzem também o risco de complicações, como infeções e hemorragias, promovendo uma recuperação mais segura e eficiente. Assim, o robô melhora significativamente a experiência do doente no pós-operatório, com benefícios clínicos e funcionais evidentes”, explica Edgar Amorim.

O programa da cirurgia robótica na instituição pretende ser inclusivo e abrangente através da implementação de programas de formação para cirurgiões, enfermeiros e anestesistas, estabelecimento de protocolos clínicos e adaptação do planeamento cirúrgico para maximizar o uso do robô nas várias especialidades.

Com os olhos postos no futuro, Miguel Cabrita considera que esta tecnologia pode ajudar a captar e fixar novos profissionais para a instituição. “Tenho esperança que este compromisso com a excelência e a inovação permita a captação e retenção de cirurgiões e outros profissionais de saúde, colmatando algumas carências existentes”.

Em termos da qualidade global dos cuidados de saúde, a introdução da cirurgia robótica impulsiona paralelamente a melhoria organizacional, estimulando a formação contínua dos seus profissionais e a cultura de excelência, uma vez que exige integração entre equipas multidisciplinares, o que beneficia também outras áreas clínicas, como o diagnóstico pré-operatório e o acompanhamento pós-cirúrgico.

Otimista sobre o futuro, Edgar Amorim considera que as próximas etapas incluem a expansão para novas especialidades cirúrgicas, o reforço da formação contínua e a integração com tecnologias emergentes como a realidade aumentada, navegação cirúrgica e algoritmos de apoio à decisão. “A instituição prevê também parcerias com áreas como a imagiologia, anestesiologia e reabilitação, criando um sistema integrado de cuidados ao doente cirúrgico com base em tecnologia de ponta”, isto sem esquecer a colaboração e as parcerias com outras instituições de saúde e sociedades cientificas.

GASMI: programa pioneiro no apoio à saúde mental infantil no Algarve

Os Cuidados de Saúde Primários da Unidade Local de Saúde do Algarve têm um programa regional único e inovador em Portugal no âmbito do apoio à saúde mental infantil.

Com 24 anos de experiência, o Grupo de Apoio à Saúde Mental Infantil (GASMI) visa a avaliação e intervenção junto de crianças referenciadas entre os 3 e os 12 anos de idade, que apresentem alterações comportamentais, emocionais ou sociais clinicamente significativas e comprometedoras da sua saúde mental.

Atualmente, o GASMI conta com cerca de 70 profissionais de saúde, distribuídos por 11 equipas multidisciplinares localizadas por todo o território algarvio, formadas por profissionais de MGF, Enfermagem, Psicologia, Terapia Ocupacional, Terapia da Fala, Fisioterapia e Serviço Social, que acompanham cerca de 1500 crianças anualmente na região do Algarve.

Apesar da intervenção se centrar sempre na criança, esta é planeada de forma a dar resposta às suas necessidades e especificidades clínicas, envolvendo sempre a família, privilegiando a articulação com as estruturas da comunidade que intervêm na área da infância.

O objetivo central é prevenir e tratar perturbações de saúde mental infantil, através de intervenções preventivas, bem como atividades regulares de promoção da saúde mental. A diversidade de estratégias reflete o compromisso do GASMI com uma abordagem abrangente e humanizada, focada no bem-estar das crianças desde os primeiros sinais de dificuldade.

A criação dos GASMI assenta num protocolo desenvolvido com outras instituições, nomeadamente com o Hospital D. Estefânia, através da Clínica do Parque, equipa de referência para a intervenção Pedopsiquiatrica para a região do Algarve. Este protocolo teve como objetivo viabilizar uma resposta organizada no âmbito da Saúde Mental Infantil, numa área que se encontrava praticamente a descoberto.

Com este modelo, as famílias deixaram de fazer 300 km para ter acesso a uma resposta de especialidade, passando a pedopsiquiatria a estar mais acessível, atuando por mediação, entre técnicos que avaliam, articulam e intervêm e um médico de medicina geral e familiar que assume a intervenção clínica. Para tal as equipas têm acesso constante à consultadoria especializada, e ainda reúnem bimensalmente com o pedopsiquiatra de referência para discutir situações concretas, mantendo desta forma uma articulação constante entre Cuidados de Saúde Primários e Cuidados Hospitalares.

Único a nível nacional, o GASMI tem vindo a consolidar-se como uma boa prática no domínio da saúde mental pediátrica em contexto comunitário, reforçando a importância da identificação e intervenção precoce e da articulação entre os diferentes setores que acompanham o desenvolvimento infantil.

Investigação “made in” Algarve para o Mundo

Ana Marreiros, vogal executiva da ULS Algarve

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve tem vindo a apostar cada vez mais na Investigação como um eixo estratégico da sua afirmação e posicionamento institucional. A concretização desse objetivo é o resultado de uma estratégica aliança com a Universidade do Algarve (UAlg), com quem partilha uma visão comum para o desenvolvimento integrado da Investigação Biomédica, através do consórcio Algarve Biomedical Center, e da Formação no setor da Saúde, graças à histórica colaboração com a Escola Superior de Saúde e com as diversas Faculdades da academia algarvia.

Na Investigação Biomédica, a parceria entre a ULS de Algarve e a UAlg é formalizada através de um consórcio institucional que envolve, de forma articulada, a Faculdade de Ciências Biomédicas (FCBM) e o Algarve Biomedical Center Research Institute (ABC-RI), uma unidade de investigação de referência no sul do país”, afirma Ana Marreiros, vogal do Conselho de Administração da ULS de Algarve.

Com uma direção científica reestruturada, a ULS de Algarve promove uma cultura de investigação transversal a todas as carreiras e níveis de cuidados, com elevado empenho na dinamização de projetos.

Com a recente organização do SNS em unidades locais de saúde, os cuidados de saúde primários têm assumido uma importância crescente na estratégia de investigação da ULS de Algarve. “Estamos empenhados em dinamizar e apoiar ativamente projetos nesta área, reconhecendo o seu papel estruturante no sistema de saúde”, refere Ana Marreiros.

Neste contexto, os alunos dos vários cursos, como é o caso da Medicina ou da Enfermagem, entre outros, desenvolvem projetos de investigação integrados nas unidades da ULS, sob orientação conjunta de docentes e profissionais de saúde. Os trabalhos, com reconhecida qualidade científica, resultam em artigos passíveis de publicação e apresentações em eventos científicos. “Por exemplo, pela primeira vez, em junho, esses projetos serão apresentados num congresso organizado conjuntamente com a FMCB, a decorrer nos hospitais de Faro e Portimão, assinalando uma nova etapa na convergência entre a investigação e a prática clínica”, acrescenta Ana Marreiros.

Com olhos postos no futuro e pensando na aplicação do conhecimento aos utentes, a ULS de Algarve colabora com a UAlg no desenvolvimento da Medicina Translacional, uma área que exige resultados de investigação científica ágeis para aplicação clínica.

Esta abordagem facilita a transição de descobertas laboratoriais para tratamentos concretos, promovendo maior integração entre investigação biomédica e cuidados de saúde. Além disso, o recente programa doutoral da UAlg, centrado em Investigação Clínica e Medicina Translacional, e composto maioritariamente por profissionais da ULS, representa um pilar estratégico de promoção dos seus recursos humanos mais diferenciados e demais domínios da prestação de cuidados.

“Este esforço conjunto entre a ULS de Algarve, a Universidade e o ABC-Ri posiciona a região como referência nacional na investigação em saúde, concretizando a missão do Centro Académico Clínico Algarve Biomedical Center: articular e potenciar a investigação científica em benefício direto da prática clínica e da inovação em saúde”, conclui.

O ABC-Ri foi criado formalmente em 2020 e integrado como centro de investigação da UAlg em 2021. Conta com 36 membros dourados, 14 colaboradores doutorados e 26 estudantes de doutoramento.

A missão do centro é estudar mecanismos biomédicos fundamentais da saúde humana e aplicar o conhecimento nas áreas das doenças neurológicas, cancro e envelhecimento, onde a ULS de Algarve é a principal entidade para a concretização destes projetos.

Este centro promove a autonomia científica dos investigadores, a interdisciplinaridade e colaborações internacionais. Desde 2021, foram publicados 104 artigos com afiliação ABC-Ri, tendo sido financiados cerca de 5,7 milhões de euros, 25% de origem internacional. Destacam-se ainda a submissão de três patentes, a criação de uma startup e o lançamento do ABC CoLAB, que reforça a vertente de translação científica.

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