23 anos de uma liderança revolucionária na Saúde Cardiovascular
Com 23 anos de história, a UCARDIO – Centro Clínico Unidade Cardiovascular, tornou-se uma referência em cuidados cardiovasculares, combinando inovação tecnológica, excelência clínica e uma abordagem centrada no paciente. Desde a introdução de técnicas pioneiras até à aposta na inteligência artificial, a clínica destaca-se pelo compromisso com a prevenção, diagnóstico e tratamento integrado de doenças de coração. Em entrevista, Jorge Guardado, diretor executivo e clínico, reflete sobre os principais marcos e os desafios do futuro.
Perspetiva Atual: A UCARDIO identifica-se como uma clínica que valoriza a “excelência, inovação e talento na busca dos melhores resultados para a saúde dos seus pacientes”. De que forma a clínica tem contribuído para a promoção da saúde cardiovascular, e qual considera ser o papel fundamental no cuidado e prevenção das doenças de coração?
Jorge Guardado: É uma Clínica Cardiovascular Multidisciplinar que presta serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares numa perspetiva holística e de proximidade, centrada no doente, através de um cuidado abrangente e integrado. No nosso ADN está um compromisso com a inovação e melhoria contínua dos serviços, para oferecer o melhor diagnóstico e soluções terapêuticas, farmacológicas ou de intervenção e cirurgia cardíaca, permitindo uma estratégia ampla de resposta à doença cardiovascular, por um serviço de proximidade e integrado, caracterizado pelo diagnóstico, tratamentos diferenciados e pela elevada especialização do seu corpo clínico.
Adotamos uma abordagem multidisciplinar, envolvendo uma equipa diversificada e experiente o que nos permite dirigir uma atenção personalizada para cada paciente para monitorizar condições de saúde, aconselhamento sobre prevenção de doenças e promoção de hábitos saudáveis, bem como a gestão da doença cardiovascular.
A UCARDIO demonstra um compromisso com a excelência no atendimento cardiovascular, combinando expertise clínica, tecnologia avançada e uma abordagem centrada no paciente. A clínica não só oferece tratamentos especializados, mas também se esforça para melhorar a consciencialização e prevenção de doenças cardiovasculares na comunidade através de iniciativas de rastreio e educação, estando presente em múltiplas atividades da sociedade cívica da região.
PA: A UCARDIO está a celebrar 23 anos de atividade. Fazendo um balanço destes anos, quais considera que foram os principais marcos e conquistas que definem a trajetória da instituição?
JG: A UCARDIO nasceu em 2001, demonstrando mais de duas décadas de serviço dedicado à saúde cardiovascular. Estabeleceu-se em Riachos, Torres Novas, posicionando-se como um centro de referência em cardiologia para a região, evoluindo de um consultório de cardiologia para um centro clínico multidisciplinar que abriu portas em março de 2010, indicando um crescimento significativo em termos de serviços e capacidade. Desenvolveu-se como uma Clínica Cardiovascular Multidisciplinar, oferecendo serviços abrangentes de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares. Introduziu tecnologias avançadas e diagnósticos especializados, mostrando um compromisso contínuo com a inovação.
A UCARDIO é reconhecida pela sua abordagem de proximidade e serviços integrados indicando uma reputação sólida na comunidade médica e entre os pacientes, tendo desenvolvido uma equipa diversificada e altamente qualificada, permitindo uma abordagem holística à saúde cardiovascular.
Em 2010, fomos o primeiro Centro nacional privado e de ambulatório, a introduzir a Ecocardiografia de Esforço, tornando-se desde logo a “pedra angular” na abordagem ao diagnóstico e estratificação da condição anatómica e funcional cardíaca. Juntamente com o Professor Carlos Cotrim, responsável do nosso laboratório de Ecocardiografia, somos ao momento atual o Centro com maior volume e experiência nacional nesta técnica, fisiológica, sem radiação e que permite em “tempo real” ter uma informação objetiva e prática para na orientação e seguimento clínico cardiovascular.
Em 2012, a UCARDIO foi uma das primeiras empresas a obter a certificação ISO 9001:2008 para Sistemas de Gestão de Qualidade, o que garante padrões elevados de atendimento e segurança para os pacientes.
Organizamos anualmente, desde 2016, uma Reunião Clínica (atualmente na sua 9ª edição), demonstrando um compromisso com a educação contínua e a partilha de conhecimentos na área da saúde cardiovascular com a comunidade de profissionais de saúde, atores principais da saúde e sociedade cívica da região.
Desenvolvemos, promovemos e instalamos em 2023, um programa de desfibrilhação automática externa. O objetivo é aumentar a taxa de sobrevivência das vítimas de paragem cardiorrespiratória para valores que podem chegar até aos 74% em certos casos, demonstrando um compromisso com a resposta rápida a emergências cardíacas na nossa Unidade e no espaço público circundante de Riachos assim como no estádio desportivo da localidade onde estamos inseridos.
Também em 2023, elevamos o patamar na nossa atividade na Investigação e certificamos o nosso Centro de Ensaios Clínicos, que está em plena atividade, que traz para junto da nossa população as mais recentes descobertas e tratamentos cardiovasculares, sendo um motor de inovação e retenção de talentos.
Estes marcos e conquistas refletem uma trajetória de crescimento, inovação e compromisso com a excelência em cuidados cardiovasculares. A UCARDIO evoluiu de um simples consultório para um centro clínico inclusivo, centrado do doente, mantendo um foco constante na qualidade dos serviços, na educação médica e na saúde da comunidade.
PA: Sabemos que para além da cardiologia, a clínica dispõe de consultas de diversas especialidades médicas. Quais são as principais especialidades médicas disponíveis e como é que esta diversidade ajuda no tratamento e acompanhamento dos pacientes, especialmente no contexto da saúde cardiovascular?
JG: A UCARDIO oferece uma ampla gama de áreas médicas, incluindo cardiologia, cardiologia de intervenção, angiologia e cirurgia vascular, clínica geral e medicina familiar, endocrinologia, urologia, ginecologia, obstetrícia, reumatologia, neurologia, pneumologia, psiquiatria, medicina do trabalho e medicina interna. Além disso, há uma rede de bem-estar com nutrição e psicologia clínica. Essa diversidade de especialidades permite uma abordagem multidisciplinar, cuidados integrados e acompanhamento contínuo e personalizado, o que é crucial para a saúde cardiovascular, uma vez que a maioria das condições médicas são multidisciplinares e interligadas. Tratamentos avançados para problemas cardiovasculares estão disponíveis através da Cardiologia de Intervenção que permite o tratamento de doenças das artérias e válvulas cardíacas por meio de procedimentos menos invasivos e mais confortáveis, através de cateterismo cardíaco, em comparação com a cirurgia cardíaca tradicional. A abordagem multidisciplinar da UCARDIO em “Heart Team” possibilita uma compreensão global do doente, levando a diagnósticos mais precisos e planos de tratamento mais eficazes, especialmente no complexo campo da saúde cardiovascular.
PA: Sempre com os olhos postos no futuro, a aposta em equipamentos de última geração e tecnologia tem sido um ponto diferencial da UCARDIO. Quais são os avanços mais recentes que têm vindo a ser implementados e de que forma eles beneficiam os pacientes?
JG: O investimento consistentemente em inovação e em equipamentos médicos avançados tem sido uma constante no Grupo UCARDIO. A Tecnologia de vanguarda é combinada com um ambiente acolhedor, proporcionando aos pacientes uma experiência confortável durante os procedimentos médicos. Com os progressos técnicos e farmacológicos, os tratamentos tornaram-se mais eficazes e as intervenções menos invasivas, beneficiando os doentes de procedimentos mais seguros e com menor tempo de recuperação. Monitorização mais eficiente de condições crônicas e cuidados mais personalizados e integrados são outras vantagens. A “cardiologia de proximidade” associada à tecnologia avançada e um corpo clínico diferenciado, posiciona a UCARDIO na vanguarda dos cuidados cardiovasculares em Portugal.
PA: O corpo clínico da UCARDIO é frequentemente destacado pela sua excelência, assim como pela vasta rede de parceiros. Que critérios e estratégias são adotadas para atrair e reter profissionais de topo e estas parcerias?
JG: A clínica destaca-se pela sua excelência e rigor, atraindo profissionais de alto calibre que procuram trabalhar em ambientes de excelência. A estratégia da empresa centra-se em estabelecer relações duradouras, não apenas com clientes, mas também com os seus colaboradores, profissionais, fornecedores e parceiros. A UCARDIO mantém parcerias com empresas e instituições reconhecidas, como a Affidea e o Hospital Cruz Vermelha Portuguesa, um estímulo para profissionais interessados num ambiente com sólidas conexões no setor da saúde. A clínica investe em projetos de Business Intelligence, demonstrando um compromisso com a mudança, para profissionais de topo que procuram ambientes de trabalho tecnologicamente avançados. Promovemos uma atitude multidisciplinar, colaborando com os diversos profissionais de saúde, para aqueles que valorizam uma visão holística na prestação de cuidados de saúde. A referência a oportunidades de formação contínua, investigação científica e de desenvolvimento profissional, são elementos cruciais para atrair e reter talentos.
PA: No dia 30 de novembro realizou-se a IX Reunião Clínica Anual, sob o lema “Mente Artificial”. O que esteve por detrás da escolha deste tema e quais foram os principais objetivos do evento e os temas mais relevantes?
JG: A Reunião Clínica Anual da UCARDIO é considerada um evento regional de destaque na divulgação da Medicina Cardiovascular, demonstrando sua importância para a comunidade médica, profissionais de saúde e sociedade cívica local, com o patrocínio científico da Ordem dos Médicos e da Sociedade Portuguesa de Cardiologia.
A escolha de “Mente Artificial” como lema da edição de 2024, reflete a atualidade e a crescente importância desse tópico na medicina, particularmente na área cardiovascular, em consequência da transformação digital e da Era da Inteligência Artificial na Saúde. O principal objetivo do evento foi promover um debate sobre temas na interface da Medicina com a Inteligência Artificial, partilhando conhecimento e experiências neste campo.
O programa foi composto por apresentações relacionadas à “Mente Artificial” no contexto da Saúde, com pela “partilha de Saberes e Experiências”.
PA: Relativamente aos convidados deste ano, quais foram os nomes nacionais e internacionais com maior destaque e o que motivou a escolha destes profissionais para o evento?
JG: Estiveram connosco, O Professor Carlos Cotrim, O Professor Hélder Dores, Professor Miguel Nobre Menezes, Dr. Francisco Moscoso Costa, Dr. Bruno Castilho, Dr. Luís Baquero, Dr. Casimiro Ramos, Dr. Fernando Freire, Dr. Luís Miguel Dória, Dr. Rui Caria, Dr. João Silva Marques, Dr. Francisco Soares, Dra. Andreia Carreira, Dr. Pedro Sousa, Dr. Francisco Silva, entre muitas outras personalidades. A sua escolha e convite para a comissão científica foi decidida pelas suas áreas de interesse, experiência e reconhecimento do seu trabalho. Ancoraram enriquecimento e protagonismo para esta edição da Reunião Anual.
PA: Para finalizar, na vossa perspetiva, como esperam que as tecnologias de Inteligência Artificial possam transformar a prática medica no futuro? E quais são os principais desafios éticos ou técnicos que devemos enfrentar para garantir que sejam usadas de forma segura e eficaz?
JG: A inteligência artificial (IA) está a revolucionar a prática médica de diversas formas. Pode melhorar os diagnósticos ao analisar dados médicos, históricos e fatores de risco, permitindo uma deteção mais precoce e precisa das doenças. Ajuda a desenvolver planos de tratamento mais personalizados. Automatiza tarefas administrativas, aliviando a carga de trabalho dos profissionais de saúde, permitindo que eles se concentrem mais no contacto direto e pessoal. Especialmente em áreas como radiologia e cardiologia, a IA pode aperfeiçoar significativamente a interpretação de exames de imagem. A IA pode vir a identificar e analisar “fatores de risco” e prever o desenvolvimento de doenças, possibilitando intervenções eficazes antes da doença estar instalada. Além disso, a IA pode melhorar a integração e análise de grandes volumes de dados de saúde, facilitando a pesquisa médica e a tomada de decisões clínicas. No entanto, existem desafios éticos e técnicos a serem enfrentados, como a necessidade de proteger a privacidade e a segurança dos dados dos pacientes contra violações cibernéticas, bem como determinar a responsabilidade por eventuais erros cometidos pelos sistemas de IA.
Para garantir o uso seguro e eficaz da IA na medicina, será necessária uma abordagem multidisciplinar, envolvendo profissionais de saúde, especialistas em ética, agentes do desenvolvimento tecnológico, decisores políticos e responsáveis pelo seu enquadramento legal. A educação contínua dos profissionais de saúde sobre o uso da IA e a conscientização dos doentes também serão cruciais neste cenário.