IPG aposta na experiência internacional dos futuros professores e educadores sociais

Conhecer o CRE Alzheimer de Salamanca, em Espanha, ou no próximo ano a Village Landais Alzheimer em Dax, na França, pode determinar a prática profissional para sempre. O mestrado de Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo vai ter Programas Intensivos Mistos em universidades europeias.

Os cursos do Instituto Politécnico da Guarda – IPG privilegiam o contacto e a experiência internacional. É o caso do curso de Educação Social Gerontológica e do mestrado de Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico (CEB).

Os cursos do Instituto Politécnico da Guarda – IPG privilegiam o contacto e a experiência internacional. É o caso do curso de Educação Social Gerontológica e do mestrado de Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico (CEB).

Os alunos do curso de Educação Social e Gerontológica do Politécnico da Guarda frequentam centros de referência europeus no acompanhamento de doentes de Alzheimer: este ano estiveram no CRE Alzheimer de Salamanca, em Espanha. Para o ano letivo de 2025/2026, o plano é levá-los à Village Landais Alzheimer, Dax, na França.

Também para os alunos do mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º CEB os contactos com docentes e futuros professores de outros países é estruturante na sua formação. Assim como o IPG tem acolhido estudantes das universidades que integram a Aliança UNITA- Universitas Montium, Rede de Universidades Europeias – uma aliança que une instituições de ensino superior de Espanha, França, Itália, Roménia e Portugal que têm em comum a localização em zonas transfronteiriças e de montanha – a partir do próximo ano letivo também os alunos deste mestrado do IPG irão frequentar um “Programa Intensivo Misto” em universidades de outros países.

“É essencial para os nossos mestrandos e futuros professores do ensino pré-primário e do 1º ciclo do ensino básico terem conhecimento, e experiência própria, de como se ensina e preparam crianças noutros “países da União Europeia”, afirma Florbela Antunes, coordenadora do mestrado. Este ano estiveram no Politécnico da Guarda estudantes e professores da universidade francesa de Pau e da universidade romena de Timisoara, num programa dedicado à intercompreensão, ou seja, ao uso da língua materna em contexto intercultural.

“Promover mais interação e inclusão entre falantes de diferentes línguas maternas será um aspeto central nas carreiras que esperam os nossos estudantes e futuros professores no exercício da profissão”, afirma Florbela Antunes. “Queremos repetir a iniciativa na Guarda nos próximos anos letivos, mas também dar a oportunidade aos nossos estudantes de terem experiências no estrangeiro: conhecer outras abordagens com alunos e docentes de outros países é determinante para a sua formação como professores”.

Os alunos da licenciatura em Educação Social Gerontológica têm igualmente a componente internacional da sua formação muito valorizada para o trabalho futuro com idosos, em particular pessoas com demência.

O conhecimento pessoal de centros como CRE Alzheimer de Salamanca, ou a Village Landais Alzheimer de Dax, é considerado pela diretora do curso determinante para o seu desempenho quando se tornarem profissionais.

“São ocasiões fantásticas para os estudantes observarem outras realidades, ver como se trabalha ao mais alto nível com este tipo de doentes”, afirma Florbela Antunes.

“Nestas experiências os estudantes podem observar os resultados terapêuticos de unidades de saúde que parecem aldeias, em que as pessoas vivem nas suas casas e os médicos e os outros profissionais se vestem como pessoas comuns, em que há vida social, idas às compras ou ao cabeleireiro”, descreve a professora do IPG. “É importante para os alunos terem estas experiências e, nos contextos adequados, replicarem-nas em Portugal”.

“São ocasiões fantásticas para os estudantes observarem outras realidades, ver como se trabalha ao mais alto nível”

Animadores socioculturais para todos os públicos

Parcerias com as universidades de Salamanca e de Granada e, no futuro, da Colômbia, preparam alunos do Politécnico da Guarda para trabalhar com idosos, pessoas com deficiência, comunidades imigrantes e outras populações em situação de exclusão.

A multiplicação de contactos com práticas internacionais é um ponto chave na formação nos estudantes de Animação Sociocultural do Politécnico da Guarda. Num curso que privilegia a preparação de todos os alunos para os diferentes públicos que poderão encontrar nos futuros empregos – idosos, pessoas com deficiência, comunidades imigrantes ou outras populações em situação de exclusão social – conhecer diferentes metodologias e trocar experiências com animadores socioculturais estrangeiros faz toda a diferença.

“Para além do trabalho académico com as universidades de Salamanca e de Granada, são muito importantes os períodos que os nossos estudantes passam nestes territórios”, afirma Ana Lopes, diretora deste curso. Dos dias passados este ano em Granada, a diretora do curso de Animação Sociocultural destaca a visita a um centro de acolhimento temporário de refugiados: “O objetivo deste trabalho de campo no espaço ibérico passa por identificar e reconhecer boas práticas de intervenção e inclusão social assim como contactar com novas metodologias”.

Segundo Ana Lopes, um dos objetivos do curso passa por atravessar o oceano e alargar a cooperação a países da América Latina, nomeadamente à Universidade de Bucaramanga, na Colômbia. “Essa colaboração permitirá aos nossos alunos contactar com realidades distintas da nossa e do contexto europeu e, simultaneamente, colaborar de forma ativa no desenvolvimento de projetos de inclusão social de acordo com as realidades identificadas”, afirma.

Quanto aos animadores socioculturais, Ana Lopes considera que se “podem apelidar de ‘médicos sociais’, os quais identificam os problemas, definem um diagnóstico e, através da metodologia de projeto, preferencial em animação, apresentam a terapêutica”, conclui.

Aprender hotelaria e restauração com coleções da Vista Alegre

Nos cursos de Gestão Hoteleira e de Restauração e Catering em Seia, os alunos estagiam nas melhores cadeias de hotéis. E em restaurantes com estrelas Michelin.

A nova parceria com a Vista Alegre vai qualificar o ensino das licenciaturas de Gestão Hoteleira e de Restauração e Catering do Instituto Politécnico da Guarda – IPG em Seia: na Escola Superior de Turismo e Hotelaria – a única de ensino superior no interior do país integralmente dedicada ao setor – as parcerias com hotéis e restaurantes de referência multiplicam-se e abrem, a cada ano, mais perspetivas de carreira para os estudantes.

Desde o 1º ano dos cursos os alunos começam a estagiar nas maiores cadeias hoteleiras que operam em Portugal: Pestana, Vila Galé, Vila Vita Parc, Intercontinental, Meliá, Minor Hotels, Burel Mountain Hotels, Natura IMB e, claro, os hotéis do Grupo Visabeira, que também detém a marca Vista Alegre. Na restauração, os alunos estagiam em restaurantes com estrelas Michelin como a Quinta de Lemos, perto de Viseu, o Ocean, no Algarve, ou o Euskalduna Studio, no Porto.

“Passar a dispor de diversas linhas de coleções da Vista Alegre para as aulas práticas é um upgrade relevante no nosso ensino, preparando melhor os futuros profissionais para os ambientes em que vão trabalhar”, afirma Ricardo Guerra, diretor da escola. “As porcelanas, os vidros, a cutelaria, tudo passa a ser da maior qualidade nos espaços da escola, incluindo o ‘quarto de hotel’ que também será equipado com a marca Vista Alegre, desde o serviço de café e chá a louças para organização dos ‘amenities’.

“Há muitas atividades abertas ao longo do ano, os professores conhecem os alunos pelos nomes. Há sempre trabalho de equipa”

Esta parceria é um passo novo nas competências desta escola de hotelaria e turismo, na qual os vários laboratórios práticos já estão equipados com tecnologia de última geração. “Um aspeto importante é a qualidade dos softwares com que nos nossos estudantes lidam ao longo da sua formação: temos, por exemplo, parcerias com a Newhotel Software, com a e-GDS e com a Climber Revenue Management Strategies para que eles treinem os melhores softwares de reserva e de ligação às plataformas, assim como de potencialização da venda”, afirma Ricardo Guerra.

Outro aspeto importante, quer do curso de Gestão Hoteleira, quer do curso de Restauração e Catering, é a aposta na fluência em línguas estrangeiras: todos os estudantes têm cadeiras de Inglês, de Francês e/ou Espanhol. “Esta qualidade de ensino é a razão para a grande procura dos nossos licenciados em todo o país e, também, para os lugares de direção hoteleira ou de restauração que uma parte atinge com notável rapidez”, afirma o diretor da escola.

O “ambiente de turismo, hotelaria e restauração” que se respira em todos os cantos da escola é percecionado como uma vantagem competitiva. “Há muitas atividades a decorrer ao longo do ano letivo, abertas a todos os cursos. Aqui todos os professores conhecem os alunos pelos nomes”, resume Ricardo Guerra. “Há sempre trabalho de equipa”.

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