“Os nossos estudantes saem da ESHTE preparados para os desafios mais exigentes”
A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril afirma-se como um polo nacional de formação de excelência para os setores do turismo, hotelaria e restauração. Com uma taxa de empregabilidade de 96% nas licenciaturas, o foco está em preparar os alunos para responder aos desafios exigentes do mercado global.
Perspetiva Atual: A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) assume-se como um veículo de criação, transmissão e difusão de conhecimentos relacionados com o exercício de atividades profissionais altamente qualificadas nas áreas do turismo, da hotelaria e da restauração. Em que moldes é desenvolvido esse processo?
Carlos Brandão: A ESHTE privilegia ao máximo a aplicação dos conhecimentos, a sua correspondência prática no contexto do mercado de trabalho. A ligação ao trade tem sido uma prioridade ao longo destes 33 anos de existência, apostando numa formação de excelência a cerca de 2.000 estudantes, contamos para tal com cerca de 150 docentes, a maioria dos quais com larga experiência e ligação profissional ao setor.
Neste momento, a oferta formativa no 1.º ciclo é constituída pelas seguintes licenciaturas: Direção e Gestão Hoteleira, Gestão do Lazer e Animação Turística, Gestão Turística, Informação Turística e Produção Alimentar em Restauração.
No 2.º ciclo, apresentamos seis mestrados: Gestão Hoteleira; Segurança e Qualidade Alimentar na Restauração; Inovação em Artes Culinárias; Turismo, com três ramos: Gestão Estratégica de Eventos, Gestão Estratégica de Destinos Turísticos, Planeamento e Inovação em Turismo Ativo e de Experiências; e Turismo e Comunicação, em parceria com o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa), colaborando ainda com o IGOT no Doutoramento em Turismo e realizando vários cursos de formação avançada.
PA: Sendo uma referência nacional na formação de talentos e com crescente reconhecimento internacional, de que forma tem a ESHTE lidado com a necessidade de constante adaptação de propos- tas formativas?
CB: Procuramos estar sempre na vanguarda da inovação e, apesar dos números que nos poderiam sugerir uma lógica de continuidade, teremos a breve prazo um figurino novo em todos os cursos, com novas designações e reformulações de conteúdos programáticos. Estamos a aguardar que a Agência de Acreditação para o Ensino Superior dê por concluído esse processo.
Orgulhamo-nos igualmente da nossa certificação de qualidade TedQual, conferida pela Organização Mundial do Turismo, assumindo-se não apenas como um selo de excelência, mas também um reflexo do compromisso contínuo de aperfeiçoamento da formação e investigação em turismo. Como referido anteriormente, a vertente prática do ensino aqui lecionado dota os alunos de competências para melhor enfrentarem as dificuldades inerentes à entrada no mercado de trabalho.
Por outro lado, a ESHTE atribui uma grande importância à investigação e tem desenvolvido inúmeros projetos através do CiTUR Estoril e da nossa unidade funcional, o CIDI (Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação).
PA: Quais são os números que validam a qualidade da formação da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril?
CB: Podemos referir, por exemplo, que a ESHTE termina o ano letivo 2023/24 com uma taxa de empregabilidade de 96 por cento, no que toca às licenciaturas. Para essas, a instituição disponibilizou 492 vagas no último Concurso Nacional de Avesso, obtendo um rácio de 3,47 candidatos para cada lugar efetivamente ocupado.
Outro forte indicador é a quantidade crescente de empresas, nacionais e internacionais, que nos procuram para receber estudantes da ESHTE em estágios, obrigatórios nos segundo e terceiro anos do curso. Em 2023, entre 734 estágios, 90 foram realizados além-fronteiras e vamos, este ano, superar esses números.
Há cada vez mais entidades a dar formação nestas áreas, mas não têm o empenho, o conhecimento e a qualidade formativa da nossa instituição. Nós sentimos que os nossos estudantes saem daqui preparados para dar uma excelente resposta aos desafios mais exigentes.
PA: Que importância atribui ao desenvolvimento da rede de parceiros nacionais e internacionais, bem como ao impacto da instituição na sociedade e na economia portuguesas?
CB: Esses são aspetos de extrema relevância para a ESHTE. Temos acordos assinados com diversas instituições de ensino nacionais e internacionais, de países como Equador, Brasil, Macau, Cabo Verde, Moçambique ou Guiné-Bissau, assim como protocolos recentes com a Lactalis, o maior grupo mundial de lacticínios, a Agenda Mobilizadora InsectERA, que explora a utilização de insetos como fonte nutricional alternativa ou com a Cascais Ambiente, ao nível do aproveitamento de excedentes de produção e do desenvolvimento de produtos alimentares a partir do excedente de curgete. Estes são apenas alguns exemplos recentes da vitalidade e da diversidade de atuação da nossa instituição.