ISAVE: Uma referência para o Desenvolvimento do Ensino, Investigação e Inovação em Portugal

Em entrevista, Mafalda Duarte, presidente do ISAVE, destaca os valores fundamentais da instituição e a qualidade da oferta formativa. Com uma abordagem voltada para a excelência académica, o Instituto afirma-se como uma instituição de Ensino Superior que forma profissional altamente qualificados na área da saúde.

Perspetiva Atual: O ISAVE – Instituto Superior de Saúde tem como finalidades o ensino, a investigação científica e a difusão de conhecimentos nas áreas ministradas. Tendo isto em conta, quais são os principais valores inalteráveis que guiam a instituição?

Representantes da Entidade Instituidora e da Presidência do ISAVE

Mafalda Duarte: O ISAVE é um centro de criação, difusão e promoção da cultura, ciência e tecnologia, articulando o estudo e a investigação, de modo a potenciar o desenvolvimento humano, como fator estratégico do desenvolvimento sustentável do país. No âmbito da sua missão, pauta-se por um compromisso com a excelência académica e a investigação científica, mas também com a interdisciplinaridade, ética, integridade, sustentabilidade, responsabilidade e proximidade com a comunidade.

PA: Quanto à oferta formativa, destacando os cursos atualmente disponíveis, de que forma a instituição assegura a qualidade, relevância e pertinência dos seus programas de ensino?

MD: Atualmente o ISAVE disponibiliza as Licenciaturas em Fisioterapia, Enfermagem e Dietética e Nutrição. Todas têm taxas de empregabilidade muito próximas dos 100%, podendo os graduados trabalhar em vários tipos de instituições na área da saúde e da indústria alimentar. No que se refere aos CTESP e Pós-Graduações, temos uma oferta variada, como por exemplo os CTESP de Termalismo e Bem-Estar e de Proteção Civil e Socorro e as PG em Emergência e Catástrofe e em Gestão de Unidades de Saúde.

O ISAVE estabelece várias medidas para assegurar a qualidade, relevância e pertinência dos seus programas de ensino. A que merece maior destaque é o seu corpo docente altamente qualificado, que procura a atualização constante dos planos de estudo, de acordo com as melhores práticas nacionais e internacionais; seleciona criteriosamente os locais de estágio, acompanhando regulamente a evolução dos estudantes junto dos orientadores; estabelece parcerias e protocolos nacionais e internacionais, não só para estágios, mas também para atividades de investigação e de intercâmbio. Por fim, saliento o investimento em infraestruturas, equipamento e recursos tecnológicos avançados que proporcionam um ambiente de aprendizagem de alta qualidade.

PA: Algo que distingue o ISAVE é o trabalho em estreita colaboração com as Termas. De que forma este fator se reflete na diversidade da oferta formativa disponibilizada e potencializa a formação prática dos estudantes?

MD: A integração do Complexo Termal de Caldelas no projeto do ISAVE oferece uma oportunidade única para os estudantes, que podem ter experiência direta e real nas terapias termais, técnicas de bem-estar e gestão de estâncias termais. O novo campus de Caldelas serve como uma arena para o desenvolvimento de competências clínicas em cenários reais e diversos, permitindo aos estudantes desenvolver competências técnicas e interpessoais essenciais para a sua futura carreira profissional, criar uma rede de contactos com profissionais do setor e ainda participar em projetos de investigação diretamente ligados às necessidades e inovações do setor termal e de bem-estar.

PA: Sendo uma instituição de Ensino Superior localizada no interior de Portugal, em Amares, o ISAVE é implicitamente um agente ativo na descentralização da oferta formativa nacional. Considerando que este é um importante passo em prol da redução das desigualdades regionais no acesso à educação, quais considera serem os principais benefícios para o desenvolvimento social e crescimento económico das regiões?

MD: A presença do ISAVE em Amares é fundamental para proporcionar acesso a uma educação superior de qualidade numa região que, muitas vezes, enfrenta desafios de acesso e oportunidades educacionais. Adicionalmente, contribui para a fixação da população jovem na região. Estudantes que antes teriam de se deslocar para grandes centros urbanos agora podem estudar perto de casa, o que reduz a necessidade de emigração e fortalece a coesão social local.

O ISAVE contribui ativamente para o desenvolvimento económico local, envolve-se na comunidade, atrai investimentos para a região, cria empregos e estimula o surgimento de novas empresas e iniciativas empreendedoras. A proximidade e as parcerias com os stakeholders locais abre portas para estágios, projetos de investigação aplicada e colaborações que beneficiam tanto os estudantes como a comunidade em geral.

Na área da saúde, o ISAVE contribui diretamente para a melhoria dos serviços oferecidos à população. Formamos profissionais de saúde altamente qualificados que não só atendem às necessidades locais, mas também participam ativamente em projetos de extensão comunitária, fortalecendo os laços entre a instituição e a comunidade e criando um ambiente de aprendizagem enriquecedor e sustentável.

PA: O ISAVE colabora com o tecido empresarial regional, de forma a promover a transição do Ensino Superior para o mercado de trabalho? Que tipos de parcerias, programas de estágio ou colaborações existem para auxiliar os estudantes e potenciar as suas experiências profissionais? 

MD: A colaboração com o tecido empresarial regional é fundamental para a nossa missão no ISAVE. Estabelecemos várias parcerias estratégicas com clínicas, hospitais, spas, empresas de serviços de saúde, entre outros, para proporcionar oportunidades práticas relevantes para as nossas áreas de estudo. Estes estágios não só oferecem aos estudantes uma valiosa experiência no mundo real, como também os conectam com profissionais experientes e potenciais empregadores.

Para além dos estágios, incentivamos projetos colaborativos entre estudantes e empresas. Estes podem incluir investigação aplicada, desenvolvimento de tecnologias inovadoras para o setor de saúde ou consultoria em áreas específicas de interesse mútuo.

PA: O Centro Interdisciplinar em Ciências da Saúde (CICS) é a unidade de investigação responsável pelo desenvolvimento, produção científica e divulgação da mesma do ISAVE. Assim, poderia destacar alguns dos principais projetos em andamento e de que forma os resultados dessas investigações poderão impactar a comunidade científica?

MD: O CICS é a unidade de investigação responsável pelo desenvolvimento, produção científica e divulgação da mesma no ISAVE. Através de uma abordagem multidisciplinar, o CICS tem impulsionado projetos inovadores que prometem trazer avanços significativos para a comunidade científica, para as áreas de lecionação, bem como para a sociedade em geral. Entre os projetos em andamento, destaco os seguintes:

No projeto sobre a aplicabilidade da IA na Fisioterapia, a investigação foca-se em como a IA pode ser utilizada para melhorar as práticas fisioterapêuticas. Os resultados esperados incluem a criação de ferramentas de IA que possam auxiliar no diagnóstico e tratamento, tornando as intervenções mais precisas e personalizadas. O “PostureFisioKids” é um projeto internacional em parceria com universidades da Islândia e dos Países Baixos, que tem como objetivo modificar posturas em crianças, visando uma melhor qualidade de vida. O estudo pretende desenvolver programas educativos e de intervenção precoce para prevenir problemas posturais, promovendo hábitos saudáveis desde a infância. Num registo internacional, destaco o projeto, ao nível da saúde da mulher, que visa estudar diferentes realidades (Portugal, Espanha e França) no que concerne à literacia da mulher relativamente ao pavimento pélvico e à incontinência urinária. Ao nível da Enfermagem de Saúde Mental o ISAVE está a desenvolver um projeto acerca do comportamento selfitis nos jovens a frequentar o ensino superior, com vista a alertar para estas questões de saúde mental no contexto académico. No que diz respeito, aos comportamentos alimentares, destaco o projeto desenvolvido, no Centro Escolar de Amares, que tem como objetivo mapear os hábitos alimentares das crianças, com vista a criarem-se programas de literacia alimentar.

Assim, estes projetos demonstram um compromisso do CICS em avançar com conhecimento científico e em proporcionar soluções práticas para problemas reais, surgindo como um cluster promotor de uma investigação aplicada promotora de desenvolvimento e inovação.

PA: Reconhecendo a importância de fortalecer a presença internacional, que colaborações, programas e iniciativas têm sido implementadas no ISAVE para promover a mobilidade internacional dos alunos e pessoal docente?

MD: O ISAVE possui Carta Erasmus para o Ensino Superior que proporciona um quadro geral de qualidade para as atividades de cooperação europeia e internacional das instituições de ensino superior no âmbito do Erasmus+. As oportunidades são amplamente divulgadas na comunidade ISAVE, com especial ênfase nas mais-valias associadas à mobilidade internacional. Todos os participantes são depois convidados a dar o seu testemunho e a servirem de embaixadores para o incentivo à participação de outros elementos da comunidade.

Por outro lado, o ISAVE coloca estrategicamente colaboradores em mobilidade em áreas específicas de instituições com as quais se pretende que sejam criadas alianças de cooperação para a investigação científica, docência e mobilidade. Recentemente destaco a visita às Universidades de Málaga e de Thessaly que possibilitaram a troca de experiências e criação de laços de cooperação para a investigação, mobilidade e submissão de projetos europeus no futuro.

O ISAVE também tem uma presença ativa em consórcios que visam a mobilidade internacional e o investimento da produção científica. Neste âmbito, destaco a integração na RACS – Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia e na Universidade Europeia UNINOVIS.

Estas iniciativas permitem que a comunidade académica possua um leque de oportunidades de realização de mobilidade internacional, independentemente do objetivo: estudo, estágio, docência, investigação.

PA: De que forma o ISAVE tem incorporado as novas tecnologias e metodologias de ensino para garantir uma educação de qualidade e preparar adequadamente os estudantes para o exigente mercado de trabalho?

MD: O ISAVE incorpora as novas tecnologias e metodologias de ensino de várias formas para garantir uma educação de qualidade e preparar adequadamente os estudantes para o exigente mercado de trabalho. Os Ginásios de Fisioterapia e Salas Técnicas de Enfermagem estão equipados com tecnologia de ponta e simuladores clínicos, proporcionando uma experiência prática realista e segura. No Laboratório de Nutrição, os estudantes aplicam teorias em análises práticas, desenvolvendo competências analíticas valorizadas no mercado.

Além disso, investimos na formação contínua do corpo docente através de programas de atualização pedagógica e científica, garantindo que estão atualizados com as últimas tendências e avanços nas suas áreas. Participamos em consórcios de inovação e modernização pedagógica e tecnológica no ensino superior, com foco na área da saúde, o que nos permite partilhar recursos e melhores práticas. Selecionamos e auditamos criteriosamente uma ampla variedade de locais de estágio, proporcionando uma aprendizagem prática em contexto profissional e contacto direto com a população. Por fim, integramos o contexto clínico e termal no Campus de Caldelas, onde se inclui um complexo termal de referência na região.

PA: Com os olhos postos no futuro, quais são os planos e metas do ISAVE para os próximos anos? Há novas áreas de formação, parcerias ou projetos, nacionais ou internacionais, em desenvolvimento que gostaria de destacar?

MD: O ISAVE tem planos ambiciosos e metas claras para os próximos anos, focando-se no desenvolvimento contínuo do Campus de Caldelas e na expansão das suas áreas de atuação. Uma das principais novidades é a Clínica Pedagógica do ISAVE (CPI), que é uma estrutura de carácter cientifico-pedagógico e que visa ser um apoio multidisciplinar à comunidade através da prestação de serviços especializados de Fisioterapia, Enfermagem e Dietética e Nutrição, com o envolvimento dos estudantes e professores. Adicionalmente, pretendemos abrir um Centro de Reabilitação, que será uma mais-valia em termos de aprendizagem num contexto clínico e termal. Pretendemos ainda abrir um Centro de Congressos e instalar o CICS neste espaço, de forma a fomentar a partilha de conhecimento e oportunidades para investigação em saúde. Estes novos recursos não só enriquecerão a experiência educativa dos nossos estudantes, como também proporcionarão serviços valiosos à comunidade.

Estamos também a reforçar as parcerias existentes e a incentivar a implementação e dinamização de novas colaborações com universidades internacionais. Este esforço visa ampliar as oportunidades de intercâmbio académico e de investigação, permitindo à comunidade ISAVE beneficiar de uma perspetiva global e de uma vasta rede de conhecimentos e recursos.

Outro objetivo crucial é o fomento da oferta pós-graduada. Queremos responder às necessidades dos profissionais de saúde, oferecendo programas que promovam o desenvolvimento contínuo das suas competências. Além disso, estamos a trabalhar para internacionalizar a nossa oferta educativa através de parcerias estratégicas para o ensino e investigação, procurando atrair estudantes e investigadores de todo o mundo.

Estas metas e planos são indicativos do compromisso do ISAVE em proporcionar uma educação de excelência, preparando os nossos estudantes para os desafios futuros e contribuindo ativamente para o desenvolvimento da sociedade através da inovação e da investigação.

PA: Em plena altura de candidaturas, terminamos com aquela que talvez seja a pergunta mais importante de todas, porquê o ISAVE?

MD: O ISAVE distingue-se por várias razões que o tornam uma escolha excecional para quem procura uma formação de alta qualidade na área da saúde. Em primeiro lugar, oferecemos um cluster de tecnologias de saúde de ponta, garantindo que os nossos estudantes têm acesso às ferramentas e equipamentos mais modernos durante o seu percurso académico.

Com uma taxa de empregabilidade de 97%, os nossos graduados saem do ISAVE com excelentes perspetivas de carreira, prontos para integrar um mercado de trabalho exigente e competitivo. Isto é reflexo do nosso ensino em contexto clínico e termal, que proporciona uma experiência prática real e valiosa.

Os nossos estágios clínicos são realizados em parceria com instituições altamente reconhecidas, o que permite aos nossos estudantes ganhar experiência prática em ambientes profissionais de excelência. Além disso, a proximidade com a comunidade é um dos nossos valores fundamentais, permitindo que os estudantes apliquem os seus conhecimentos e contribuam para o bem-estar da população local.

No ISAVE, os estudantes têm a oportunidade de participar em projetos de investigação ao longo do curso, desenvolvendo competências de pesquisa e inovação, essenciais no mundo moderno. O nosso corpo docente é altamente qualificado e mantém uma grande proximidade com os estudantes, proporcionando um acompanhamento personalizado e incentivando o desenvolvimento académico e pessoal de cada estudante.

Também oferecemos diversas oportunidades de intercâmbios internacionais, permitindo que os nossos estudantes alarguem os seus horizontes e adquiram uma perspetiva global sobre a saúde e a prática profissional. A nossa rede diversificada de parceiros facilita estas oportunidades, enriquecendo ainda mais a experiência educacional.

Escolher o ISAVE é escolher uma instituição comprometida com a excelência, a inovação e o desenvolvimento integral dos seus estudantes. É escolher um futuro promissor e cheio de oportunidades!

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