A necessidade de acompanhar a evolução científica

Em conversa com a Perspetiva Atual, Armando Silvestre, Diretor do Departamento de Química da Universidade de Aveiro, explica a importância de uma constante evolução das instituições de ensino superior, quer na oferta formativa, quer na investigação.

Agregando as áreas de Química, Bioquímica, Biotecnologia e Engenharia Química, o Departamento de Química da Universidade de Aveiro tornou-se uma referência nacional e internacional, não só no que diz respeito ao ensino, mas também devido à qualidade de investigação e à cooperação com a indústria.

“Foram mais de três décadas de uma evolução extraordinária, para chegarmos ao que o DQUA é hoje, mas creio que o mais importante é mesmo a certeza de que, com as excelentes condições em termos de recursos para a investigação e ensino e com o grande potencial dos Professores, dos Investigadores e dos alunos do DQUA, temos todas as condições para deixarmos ainda mais a nossa marca no panorama nacional e internacional”, afirma Armando Silvestre, Diretor do DQUA.

Segundo Armando Silvestre, um dos pontos mais importantes para garantir a qualidade de ensino é assegurar que a oferta formativa acompanha a evolução da ciência, “oferecendo aos alunos uma formação sólida e atualizada, que lhes permita responder às necessidades do mercado de trabalho em constante mudança.”

Para o Diretor do Departamento, o número elevado de candidatos aos cursos de Licenciatura, com “excelentes” médias, e as saídas profissionais dos seus estudantes, comprovam que uma oferta formativa atualizada é bastante apelativa, não só para os estudantes, como também para as empresas que procuram novos profissionais.

É de salientar que os alunos que pretendem prosseguir com a sua formação após a Licenciatura, têm no DQUA a possibilidade de integrar diferentes Mestrados e Doutoramentos.

Para além do ensino, outra vertente que coloca o DQUA numa posição de grande reconhecimento é a investigação. Segundo o Diretor do Departamento, a qualidade de uma instituição de ensino superior é indissociável da qualidade da investigação que desenvolve, sendo que esta é um pilar fundamental da atividade universitária. Com excelentes resultados também neste campo, o Professor mostra-se bastante orgulhoso dos seus investigadores, “os investigadores do DQUA têm tido enorme sucesso na participação e, mais importante ainda, na liderança de grandes projetos de investigação nacionais e internacionais, nomeadamente neste último caso, de Projetos Europeus do programa Horizonte 2020 e dos prestigiadíssimos projetos do European Research Council (ERC).”

Projetos Futuros

Relativamente ao próximo ano letivo e ao futuro do DQUA, o Professor Armando Silvestre revela que está a ser preparado o arranque de uma oferta formativa que permita a formação de Professores de Física e Química para o ensino secundário. “Temos de estar preparados para responder à previsível carência de professores, para podermos continuar a receber, nos nossos cursos, alunos bem preparados”, explica.

É também um objetivo da atual direção apostar em melhorar a rede de parcerias internacionais de mobilidade de estudantes para favorecer a sua internacionalização e reforçar o número de estudantes estrangeiros recebidos no DQUA.

Até ao final do ano, é esperada a conclusão do novo edifício que irá albergar todos os equipamentos de Ressonância Magnética Nuclear do DQUA, alguns dos quais únicos no país.

Ao nível da investigação e do ensino, o objetivo continua a ser evoluir, respondendo e antecipando as mudanças constantes do mercado de trabalho e a evolução científica.

“Estou certo que os professores e investigadores do DQUA, desde os mais seniores e reconhecidos aos mais jovens (que ainda cá estarão daqui a 20 anos), e aqueles que estamos a preparar (os nossos alunos), vão ter contribuições importantes para o progresso e o bem-estar da sociedade”, conclui.

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